sábado, 23 de agosto de 2014

QUEM PODE MAIS CHORA MENOS

Encontro o vizinho no elevador, atleticano muito jovem, e aproveito para cutucar o rapaz saindo para a universidade. “E o Furacão?” pergunto. O lamento vem acompanhado de uma saudade dos tempos do Leandro Ávila, o desconforto com o trabalho de Doriva. Não é um sintoma novo, está por aí, na cabeça de muitos atleticanos.
Fui pesquisar. Leandro Ávila comandou o Atlético em quatro jogos. Corinthians (1X1), Coritiba (2x0), São Paulo (2x2) e Figueirense (3x1). Eliminei o jogo contra o Corinthians em que ele usou três volantes e fiquei com a equipe que jogou as três últimas partidas.
Qual a equipe? Vamos lá: Weverton; Sueliton, Cleberson, Léo Pereira e Natanael; Deivid e Otávio, Bady e Marcos Guilherme; Douglas Coutinho e Éderson. Os principais substitutos foram João Paulo, para garantir resultado com três volantes, Nathan e Cléo para dar força ao ataque. Lembre-se que Marcelo estava machucado.
Qual a diferença para o time que perdeu do Santos? João Paulo no lugar de Otávio, a nova dupla de ataque Marcelo e Cléo. Onde está a culpa? O novo ataque não marca gol, não ajuda defensivamente com a mesma eficiência? Pode ser. Lembre-se que Éderson já pegou o tapete mágico.
Importante lembrar que na pré-Copa, os times estavam em fase de arrumação, contratando, hoje estão prontos, o Sport tem Diego Souza, Ibson, o Santos Robinho, o São Paulo Kaká, uma leva de gringos chegou para ajudar, a moleza acabou. O Atlético trouxe o científico.
Doriva não se deu bem com os três atacantes, mas não acho que a culpa seja exclusivamente sua. Há um buraco na nossa defesa, se ataca fica exposto, o ataque está devagar, o meio não arma nem cadeira de praia. Doriva cuida do coletivo, mas a individualidade tem que ajudar.
Não dá para olhar para trás, sentir saudades, era outro cenário. Tem que substituir, achar o melhor esquema, logo. Agora, quem pode mais chora menos.

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