Encontro o vizinho no
elevador, atleticano muito jovem, e aproveito para cutucar o rapaz saindo para
a universidade. “E o Furacão?” pergunto. O lamento vem acompanhado de uma
saudade dos tempos do Leandro Ávila, o desconforto com o trabalho de Doriva.
Não é um sintoma novo, está por aí, na cabeça de muitos atleticanos.
Fui pesquisar. Leandro
Ávila comandou o Atlético em quatro jogos. Corinthians (1X1), Coritiba (2x0),
São Paulo (2x2) e Figueirense (3x1). Eliminei o jogo contra o Corinthians em
que ele usou três volantes e fiquei com a equipe que jogou as três últimas
partidas.
Qual a equipe? Vamos lá:
Weverton; Sueliton, Cleberson, Léo Pereira e Natanael; Deivid e Otávio, Bady e
Marcos Guilherme; Douglas Coutinho e Éderson. Os principais substitutos foram
João Paulo, para garantir resultado com três volantes, Nathan e Cléo para dar
força ao ataque. Lembre-se que Marcelo estava machucado.
Qual a diferença para o
time que perdeu do Santos? João Paulo no lugar de Otávio, a nova dupla de
ataque Marcelo e Cléo. Onde está a culpa? O novo ataque não marca gol, não
ajuda defensivamente com a mesma eficiência? Pode ser. Lembre-se que Éderson já
pegou o tapete mágico.
Importante lembrar que
na pré-Copa, os times estavam em fase de arrumação, contratando, hoje estão
prontos, o Sport tem Diego Souza, Ibson, o Santos Robinho, o São Paulo Kaká,
uma leva de gringos chegou para ajudar, a moleza acabou. O Atlético trouxe o
científico.
Doriva não se deu bem
com os três atacantes, mas não acho que a culpa seja exclusivamente sua. Há um
buraco na nossa defesa, se ataca fica exposto, o ataque está devagar, o meio
não arma nem cadeira de praia. Doriva cuida do coletivo, mas a individualidade
tem que ajudar.
Não dá para olhar para
trás, sentir saudades, era outro cenário. Tem que substituir, achar o melhor
esquema, logo. Agora, quem pode mais chora menos.
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