terça-feira, 30 de dezembro de 2014

FELIZ 2015

Marcelo está de partida. Como todo mundo já sabia era a bola da vez, sua saída era certa, necessária, o Atlético precisa fazer caixa. O papa-léguas corria o risco de ficar, repetir o ano difícil e perder valor. Conformado há muito com sua despedida, só penso que o Atlético devia exigir sua saída para o mercado europeu, onde poderia se aprimorar tática e tecnicamente. Bem encaminhar a criatura.
No Flamengo continuará sendo o mesmo Marcelo de brilharecos, terá maior apoio da arbitragem, maior liberdade para jogar, mas evoluirá pouco como jogador. O amigo pode achar que estou diminuindo o valor do papa-léguas no momento em que se vai, uma ponta de inveja do torcedor que vê o Urubu ganhar jogador com grande potencial quase de graça.
Digo quase, pois se anuncia que o Atlético poderá receber jogador do Flamengo por empréstimo na negociação. Amigos, do Flamengo eu não quero ninguém, só se for para aliviar a folha do time do Zico e aumentar a do time do Ziquita. Aí não será quase de graça, o Urubu receberá Marcelo e um bônus. Será que estamos voltando a 1983 quando entregamos Washington e Assis ao Flu em troca de um bando de renegados?
A saída de Marcelo não me incomoda, era óbvia, o atleticano comum já estava conformado com a perda. Assim, do bom ataque de 2013 restou Dellatorre, do lado direito do campo, foram-se Marcelo, Léo, Sueliton, restou Mário Sérgio, a invenção Sidcley, felizmente abandonada. E o nosso Departamento de Inteligência continua sem pressa. Com pressa, o ano acabou. Nada de novo a reclamar. Feliz 2015. 

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

TORCER PARA ESTAR ERRADO

Certo da minha paixão pelo rubro-negro, o amigo se depara com o meu “A importância do talvez” e se espanta, diz que do Atlético ninguém pode duvidar. Eu não tenho dúvida do Furacão em campo, da sua vontade férrea, do apoio irrestrito da sua torcida, do tudo é possível no Caldeirão. Fora de campo tenho certezas quase que absolutas.
O amigo deveria ficar feliz. Trocando passes com o globoesporte.com, relacionei a pré-temporada longa, a volta do Caldeirão em tempo integral, a permanência de Claudinei Oliveira e a manutenção do elenco de 2014 como fatores positivos na busca de melhor resultado em 2015. São quatro forças, não é pouco. Só coloquei um talvez, a dúvida que atormentou o amigo, com relação à chegada de reforços pontuais de qualidade.
Não sei qual seria a ideia do amigo a respeito do que seja um reforço pontual de qualidade. Eu penso em grande nome, jogador para chegar, colocar a camisa e jogar, de preferência um armador para sair distribuindo bolas de primeira, fazendo gols de falta, batendo as paradas na cabeça dos atacantes, para falar em grana, um alto salário.
Esse, por certo estará ausente. Pode aparecer um desconhecido que venha a se revelar essa joia, desembarcar pronto no Caju, muito difícil. Posso me enganar, mas o último jogador com algum destaque que apareceu na arena foi Rincón, com ele fomos para a segunda divisão. Outro foi Ferreira, ajudou muito, deu aula, sumiu, deixou saudades. Dois em milênios. Se quiser, o amigo junte aí o defenestrado Paulo Baier.
Os demais foram apostas, encantados com a escada que é o rubro-negro e sua infraestrutura. Esses continuarão vindo. Fortalecidos pelas quatro condicionantes positivas relacionadas anteriormente, poderão formar um grupo forte, ir longe na Copa do Brasil, no Brasileiro. Tudo pode. O amigo não se espante, é só uma questão de olhar e ver, ter os pés no chão e, no íntimo, torcer para estar errado. 

sábado, 27 de dezembro de 2014

A IMPORTÂNCIA DO TALVEZ

O site globoesporte.com reproduz entrevista de Claudinei Oliveira e eu destaco: “Não só o meu (planejamento), como o de todo o clube é fazer um Atlético-PR muito forte, investir em atletas que venham qualificar o elenco... Então, no momento, talvez o Atlético vá contratar jogador que vá trazer um retorno técnico e não financeiro”.
O site conclui que o “objetivo do Atlético-PR é, com reforços pontuais, uma pré-temporada longa e a força do Caldeirão, fazer uma campanha melhor que o 8º lugar de 2014”.
Concluo eu: É bom que no seu pronunciamento, o treinador tenha incluído o “talvez”, mostra entendimento da filosofia rubro-negra, pé no chão, não corre o risco de se desmotivar em meio ao percurso.
A pré-temporada longa terá seu verdadeiro teste em 2015. Nos anos anteriores, a Copa das Confederações e do Mundo nivelaram o condicionamento físico das equipes em meio ao Brasileiro. Vamos ao teste definitivo. A força do Caldeirão em tempo integral é sim vitamina poderosa no estímulo ao Furacão. Mesmo com lotação parcial, a nova arena vai ajudar muito.
O site esqueceu de adicionar a permanência de Claudinei e a manutenção do grupo de 2014 aos ingredientes de um melhor 2015. Essas me parecem realidades importantes, que podem render resultados efetivos no curto prazo.
O Corinthians ficou de apresentar proposta por Óscar Romero nesta sexta-feira, por quem o Atlético estaria interessado, além do Lanús da Argentina. Muito difícil o meia do Cerro Porteño se transformar em reforço pontual no Furacão. Ficamos na torcida.
Li que Felipe vai ser reintegrado ao elenco. Bom profissional, nada a ver com “Atlético muito forte”. Se o Figueirense solicitou a prorrogação do seu empréstimo, perdeu-se a chance de aliviar a folha. Daí se revigora a importância do talvez.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

FELIZ FELIZ NATAL

Era uma vez, o Natal trazia aos meninos três presentes básicos: a bola mágica, o revólver de espoleta para se brincar de cowboy, a bicicleta de freio a pedal, o transporte de todos para os campos de pelada criados a foices e enxadas, o primeiro exercício coletivo do coletivo esporte.
A bola laranja, as chuteiras pretas, as camisas de todas as cores rivalizavam nos finais de tarde, após as lições feitas, o café servido rigorosamente às três, o pão d’água comprado no armazém da esquina ainda quente derretendo a manteiga saborosa. Palmas no portão da casa significavam quatro ou cinco craques em suas magrelas, a bola segura por alguém no bagageiro, o “vamos!” imperativo. Um “posso ir?” e a mãe te liberava para a “escolinha”.
Um salto sobre a Monark e lá ia você esquecendo o triângulo retângulo, Pitágoras, focado na esfera, nas formas de fazê-la cobrir o zagueiro, passá-la entre suas pernas, girá-la travessa imitando a folha seca do Didi. Tudo muito simples, reunindo atleticanos, coxas, bocas-negras e leões da Vila Guaíra, protegidos por Jesus.
Terminada refrega, hora de inundar a barriga com água da torneira, comer ameixa, araçá, uva do Japão, direto do pé de árvore, planejar o uso do revólver, eu sou o Zorro, você o Tonto, um terceiro o Hopalong Cassidy, um quarto o Cavaleiro Negro, sem máscara o conhecido doutor Robledo. Heróis é que não faltavam para colocar a bandidagem na cadeia.
O que desejar às nossas crianças no dia de Natal? Uma bola, pais amorosos, amigos, heróis que as façam entender a diferença entre o bem e o mal. É claro, um time para torcer. Para os adultos, saúde e cinco minutos de volta à meninice, ao colo da mãe, ao carinho do pai, dos irmãos, da amizade mais pura dos craques de joelhos ralados, de bolas barrentas disputadas com vigor, do olhar interessado das meninas arrumadas, companheiras para toda a vida.
A todos os amigos e amigas, de todos os times, de todas as raças, de todos os credos, dos mais distantes cantos do mundo, que o menino lhes traga a felicidade das coisas puras e simples e um Feliz Feliz Natal.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

A GRALHA PAPOU O BRÓCOLIS

Em estudo relativo ao ano de 2013, o Atlético foi considerado o clube com maior saúde financeira do Brasil. É bom que seja. A construção da Arena gerou uma série de dívidas e compromissos que exigirão recursos abundantes para o pagamento. No Brasil varonil se pode pensar que tudo vai acabar em pizza, as dívidas serão esquecidas. Tudo é possível, aliás, bem possível. Entretanto, pensando-se na grandeza do Atlético, há muita coisa ainda a ser feita, compromissos ainda a honrar.
A arena vai completar seis meses e ainda não se conseguiu alguém para pagar os sonhados naming rights. Com shows acontecendo em todos os estádios do Brasil, na Baixada eles só acontecem se tiver teto retrátil instalado. Tem coisas que estão além do meu entendimento. Espero que com o início do Paranaense já tenhamos instaladas as novas concessionárias das áreas de alimentação do complexo esportivo rubro-negro. Está na hora de começar a entrar dinheiro.
Lucas Macanhan, Bruno Mota e Crysan estão na seleção do Campeonato Brasileiro Sub-20. Dos jogos que vi, acertei com Lucas e Crysan. Fico devendo ao Bruno. Parabéns aos atletas. Digo atletas, pois acho que tratá-los como meninos é sem cabimento. Jogador com 20 anos que ainda não tem vaga no treino do time de cima já está passando da hora.
O lateral Jorge Moreira do Libertad-Par parece estar acertado com o Furacão. Segundo o presidente do clube guarani somente para depois da Libertadores. Conforme o fôlego da equipe pode demorar muito.
Na corrida pela saúde financeira, o Paraná ultrapassou o Coritiba, é o 12º, o alviverde o 15º. Na moita, a gralha papou o brócolis.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

PAPAI NOEL CINCO ESTRELAS

Um a zero, gol no primeiro minuto do segundo tempo, o Corinthians venceu e ficou com o título do Brasileiro Sub-20. Restou para o Furacão o vice-campeonato, Crysan como artilheiro da competição. Driblado pelo adiamento da partida não vi a derrota rubro-negra. Fico com a ideia de que organizado para jogar por uma bola, após levar o gol o Atlético não teve condições de virar o placar. Quem viu que me conteste, que diga que o Atlético pressionou, deu bola na trave, obrigou o goleiro do timãozinho a grandes defesas. Quero boas notícias. De qualquer forma parabéns aos atletas, ao Marcão e seus auxiliares. Fizeram um grande campeonato.
Leio que o Internacional está interessado em Nathan. O Colorado que já levou Oscar do São Paulo e ganhou uma nota, agora quer surfar em ondas rubro-negras. Perder o piá para o Mônaco, o Manchester tudo bem, para o Internacional é de chorar lágrimas de catarata. Ouvi dizer que o pai do Nathan acha o menino um Pelé. É natural. Alguém com um pouco de serenidade e bom senso tem que avisar ao velho que o filhote joga bem, porém, está muito, muito longe de um James Rodríguez. Desejo ao pai do Nathan um chá de realidade neste fim de ano.
Estudo afirma que Marcelo é o sexto jogador mais valioso do país, cerca de 7,4 milhões de euros. O problema é saber quem paga. Marcelo fez um 2014 apenas razoável, muito solicitado defensivamente, muito marcado, estacionado na direita, sem ninguém para lhe passar uma bola boa. Às vezes um velhinho com alguma visão de jogo faz falta. Vou desejar um bom armador para o papa-léguas em 2015. Com o Grêmio tendo que ir buscar o Douglas no Vasco, um retorno complicado, missão para Papai Noel cinco estrelas.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

SÓ UMA FALTA DIRETA

A legenda do site oficial do Atlético chama para a entrevista de Deivid: “Pré-temporada pode ser novamente um diferencial, analisa Deivid”. O atleticano que vive o Furacão sabe ser muito possível que fiquemos apenas na esperança da longa pré-temporada. Deivid nada mais fez que confirmar a certeza colocada na sua boca pelo entrevistador, afastadas dele, portanto, quaisquer responsabilidades sobre a fala.
O site Terra afirma que três jogadores que negociavam com a diretoria atleticana tomaram outro rumo. O zagueiro Victor Hugo acertou com o Palmeiras, o atacante Lucca foi descartado pelo valor do empréstimo, o armador Camilo renovou com a Chapecoense.
Outros nomes da lista do Departamento de Inteligência seriam possibilidades: o zagueiro Alisson (Paraná), os laterais Ramon Coronel (Nacional-PR), Daniel Borges (dispensado da Ponte) e Jorge Moreira (Libertad-Par), e o atacante Cafu (Ponte). O amigo viu aí algum armador, alguém que saiba bater uma falta direta?
Estou certo que o Atlético não vai trazer nenhum fora de série. O time vai ser formado com o disponível no elenco, as promessas da base, os catados na tropa que volta de empréstimo e da aventura na Índia. A grande estrela para o ano novo será mesmo a nossa velha conhecida pré-temporada.
Escrevo com a absurda esperança de estar totalmente errado, com a convicção de estar totalmente certo. Desanimado, fico imaginando se não posso trocar uma tal identificação biométrica – para quê? – por alguém que saiba bater uma falta direta. Só uma falta direta.
Em tempo: O site globoesporte.com anuncia que o Atlético deve acertar com o LD Daniel Borges do Botafogo-SP. O jogador foi destaque pelo Bota no campeonato paulista e conquistou o acesso à série A com a Ponte Preta. Vem pela vitrine para a vaga de Sueliton.
O Atlético venceu o Fluminense nos pênaltis e pega o Corinthians na final do Brasileiro Sub-20. Em campeonato perdeu-cai-fora os times são fortes defensivamente e jogam por uma bola. Nada muito atraente. No Ventania os meus destaques ficam para o goleiro Macanhan, o volante Gutierrez e o atacante Crysan. Sábado, às 21 horas, contra o Timãozinho, o Ventania tem chances.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

ALGUM NO BOLSO

O brasileiro passa longe do campeonato mundial de clubes no Marrocos. Derrotados todos os seus representantes na Libertadores, fragorosamente, o Brasil ficou fora do mundial, afastado daquele frenesi que envolve todo time da terra que ganha o direito de disputar o título maior dos clubes. O alvoroço vira e mexe acaba em desolação total, como a derrota do Santos para o Barcelona, a desclassificação do Galo em 2013 ainda no primeiro degrau da competição para time que já esqueci o nome.
Verdade se diga, a equipe vencedora da Liga dos Campeões da Europa está em patamar tão distante dos clubes sul-americanos que só a lenda de que o futebol é caixinha de surpresa pode motivar nossos representantes à vitória. Neste ano se aposta na força espiritual do Papa para a queda do Madrid frente ao San Lorenzo, que sofreu para passar de time da Nova Zelândia. Mais fácil cravar a megassena.
Para chegar à final da competição, nossos clubes depauperados teriam que começar com uma captação científica em âmbito mundial, uma formação de primeiro nível, a quase impossível manutenção dos craques descobertos, ótimas contratações pontuais, o treinamento qualificado por anos seguidos. Quem sabe assim chegássemos à grande final em condições de sucesso. Esqueci de ponto importante. Torcida. Torcida crescente e atuante. Melhor esperar sentado.
Seguindo seu roteiro de catar as revelações dos enfraquecidos, o Cruzeiro levou o atacante Joel do Coxa. A Raposa já ensinou o caminho, só não segue quem não quer, ou não tem algum no bolso.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

CADEADO NELAS

O Furacão pega o Remo na primeira rodada da Copa do Brasil. Vamos a Belém, enfrentar aquele estádio lotado, aquela gente do fim do mundo que gosta de futebol e vai fazer tremer as arquibancadas do Mangueirão. Times importantes da chave atleticana o Ceará e o América Mineiro. Trabalhando sério, dá para chegar às oitavas sem sustos. A partir daí é outra batalha.
Sem entrar em detalhes sobre a questão com a Lanik, empresa que supervisiona a instalação do teto retrátil, fico e acredito na realização do cronograma estabelecido pelo Atlético. Vejamos. Até 15 de janeiro o erguimento das peças deve terminar. A partir daí faltam a colocação do policarbonato e a automação. Para essa fase voltam os engenheiros da empresa espanhola. O teto deverá estar pronto entre 5 e 10 de março. Até o carnaval estou de sangue doce.
Gustavo Marmentini foi o destaque do Dehli Dynamos na Indian Super League, time do veteraníssimo craque italiano Del Piero. Voltou sem o título, mas com a bola cheia. Pode integrar o sub-23 no Paranaense. Seria bom conferir essa bola toda na Araucarian Super League.
O Ministério Público de Santa Catarina quer afastar a Fanáticos do jogo entre Joinville e Atlético pelo Brasileiro 2015. Deveria ter se preocupado em colocar a polícia dentro do campo no jogo com que deu origem a tantos problemas. Portas arrombadas, cadeado nelas.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

É BOM EXPLICAR

Defini como objetivos para o Paranaense a promoção de novos valores e o aproveitamento do tempo a ele destinado para a realização de pré-temporada com o elenco principal. Leio que o Londrina acaba de encerrar cinco semanas de pré-pré-temporada para o estadual. Cinco de janeiro recomeça. Se nosso objetivo fosse o título, o sub-23 deveria estar acompanhando o Tubarão em treinamentos. Como não está, meus objetivos estão corretíssimos.
A sempre elogiada gestão de Ari Graça na Confederação Brasileira de Vôlei está em cheque com as denúncias de corrupção no órgão, um roubo de trinta milhões em patrocínios do BB que já rompeu contrato com a CBV. Ari Graça é hoje o presidente da Federação Internacional de Vôlei. Do petróleo à bola, a pilantragem tomou conta. João Havelange teve sua atuação na FIFA marcada por irregularidades, um “acordão” jogou a sujeira para baixo do tapete. Até quando?
Assisti Atlético e Grêmio sub-20, dois a um Furacão, dois gols de Crysan, o primeiro em contra-ataque, o segundo em jogada trabalhada que saiu da esquerda, chegou na direita com Rossetto, daí o cruzamento para a finalização perfeita no campo ruim. O Atlético se defendeu os noventa minutos e passou para a semifinal da competição contra o Flu. É claro que eu gosto de ganhar, só fico em dúvida se jogar por uma bola desde a infância traz algum benefício para a formação dos jogadores.
O Atlético começou o cadastramento biométrico para a entrada na Arena. Só falta eu ter duas cadeiras, uma em meu nome, outra em nome de parente, e não poder levar um convidado para assistir ao jogo quando o parente não puder comparecer. É bom explicar.


segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

QUEBROU O GALHO

O site furacao.com alinha uma batelada de jogadores que devem retornar ao Caju em janeiro. Só para o amigo tomar conhecimento: Pablo e Marcão (Figueirense), Edigar Junio, Harrison e Bruno Costa (Joinville), Bruno Mineiro (Goiás), Bruno Furlan (Náutico), Juninho (Ponte Preta) e Pedro Botelho (Galo). Tem ainda o Ederson que pode voltar das Arábias. Juntando mais uns meninos bons de bola dá um time para o seu Claudinei apreciar e ganhar o Paranaense.
O mercado de transferências está falando baixo, a grana está em falta, é provável que o Atlético fique com uns dois ou três desses de volta para casa. O amigo pode escolher. Eu ficaria com Pablo e Edigar Junio. Conforme as notícias de Joinville daria uma chance para Harrison. Vai ver tomou gosto pelo jogo. Tem qualidade. Ligado pode ajudar.
Continua emperrado o tal teto retrátil da Arena. Vai sair. Quando? Ninguém pode precisar. Até a mídia que normalmente se pronuncia a favor do Atlético já começou a desanimar. Mau sinal.
O Coxa tem novo presidente. O torcedor alviverde ainda vai sentir saudade do seu Virso. O homem ganhou uns Paranaenses, sonho de consumo da coxarada, foi duas vezes à final da Copa do Brasil, acertou a papelada do treme-treme, fechou o anel tremelicante, manteve o time na primeira divisão, o que é quase um milagre. Não foi um Evangelino, mas quebrou o galho. 

domingo, 14 de dezembro de 2014

PENSAR E MUDAR

Passei a semana admirando a final da Sul-Americana, os espetáculos maravilhosos em Medelín e Buenos Aires. Estádios repletos de torcedores fanáticos, festas lindas, locutores contando a história, manifestando abertamente seus amores por seus clubes, sem cinismos, sem medos descrevendo os gols consagradores. Que inveja.
Este ano perdemos tudo. Um vexame na Libertadores, outro maior na Copa do Mundo, um menor na Sul-Americana. Uma vergonha. Quem viu Cruzeiro e Galo pela Copa do Brasil sentiu falta do público imenso de River e Nacional. Onde foi parar o torcedor brasileiro, as tardes de Maracanã lotado que vi na juventude, a Baixada transbordando na sua meninice, públicos ainda não alcançados em sua maturidade magnífica.
Os clubes têm que recomeçar o trabalho com suas torcidas. Elas não são inimigas. Como a obra material, a torcida é um patrimônio, talvez muito mais importante. É ela que salva o dirigente na dificuldade, estimula o time na hora da apertura. Não adianta apenas construir o templo, tem que conquistar o fiel no descaminho, ir buscá-lo em casa, levar a ele a palavra certa.
Diretorias são eleitas para ter ideias, buscar caminhos, desviar obstáculos, serem intensas nos seus trabalhos. Não basta estabelecer a rota e persistir nela sem que os peregrinos a adotem, achando que a culpa é dos romeiros. A culpa é da palavra.
O futebol é religião, na religião, indispensáveis os pescadores. Se os teus apóstolos não sabem pescar, se tem medo de novas ideias, se tem medo de você, está na hora de rever conceitos, trocar pescadores, varas e molinetes. Na paciente calma da pescaria pouca, é hora de pensar e mudar.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

PEDIR O MILAGRE

O Atlético estaria atrás de Lucca do Criciúma, Camilo da Chapecoense e Edigar Júnio do Joinville, dois meias e um atacante. Edigar é conhecido velho, participou daquele três a um do sub-23 contra os coxas lá na Vila Olímpica, inesquecível. Vi Lucca jogar umas duas vezes, era a cabeça do Tigre. Camilo desconheço. O presidente do Criciúma disse que Petraglia andou por lá, reconheceu o interesse em Lucca e lastimou que “nessa trama de futebol querem tudo de graça”. Quem não quer?
Quando em nota anterior citei Paulo André e Jadson como possíveis retornos ao Furacão, amigo em comentário me deu um carrinho violento, disse que o Atlético vai acabar com reforços vindos do Luverdense e outros timecos. É muito provável. Quem analisa o mercado de transferência neste final de ano sabe que há menos dinheiro circulando, salários e luvas oferecidos estão baixos. O Atlético nada neste mar.
Até os investidores estão ressabiados, esperando pelas regras da FIFA que lhes proibiu a existência. A UNIMED largou o Flu depois de 15 anos de sólida parceria. Ainda se veem algumas loucuras no horizonte, como a possível contratação de Tite pelo Corinthians com salários de 700 mil mensais. Bota um turbante nele, será o último marajá ao lado do campo.
Mesmo frente a esse cenário, o Atlético precisa gastar um pouco, no mínimo três contratações de peso. Principalmente evitar o desmanche, segurar quem resolve, entender que o pessoal da base é para compor o elenco, o que já é boa economia. Contratar é gastar, manter o eficiente é gastar, gastar é preciso. Desejar um time vencedor sem abrir a porta do cofre é pedir o milagre.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

RAZÕES NÃO DEVEM TER FALTADO

O Atlético já deve ter discutido e estabelecido seus objetivos para 2015. Série de fatores deve ser considerada para o estabelecimento desses objetivos. A base disponível, novas contratações, recursos existentes, os a obter, competições a jogar, personalidade do comandante e por aí vai.
Dos fatores que listei só tenho certeza das competições a jogar. O Paranaense, o Brasileiro, a Copa do Brasil. A personalidade do comandante sinaliza para um Paranaense com objetivos bem claros: a promoção de novos valores, o aproveitamento do tempo a ele destinado para a realização de longa e produtiva pré-temporada com o elenco principal. São objetivos claros e desde já atendidos.
Metido, vou estabelecer meu objetivo para o Nacional. Nada mais, nada menos que a vaga para a Libertadores. É possível? O objetivo impossível não é objetivo. Depende da manutenção de peças importantes do elenco, da chegada de boas contratações para preencher as vagas dos que seguirão destino. Agora é difícil dizer. Vou deixar marcado, lá pelo fim de fevereiro eu bato o martelo ou baixo a altura do sarrafo.
E a Copa do Brasil? As oitavas de final contemplarão os dez melhores das cinco fases iniciais, mais os seis vindos da Libertadores. Vou estabelecer a chegada às quartas de final – entre os oito melhores da competição – como objetivo mínimo. É um objetivo realista. Atingido, observada a conjuntura, planeja-se o ataque final.
Esqueci a Sul-Americana? Não. Ainda não foram divulgadas as vagas nacionais para a competição. A Sul-Americana é instrumento político do presidente da CBF e o amigo sabe que onde tem política no Brasil tem desorganização, picaretagem, gente levando um troco.
Então, não vamos gastar fosfato, já basta o estresse que é aguentar o nosso “circongresso”. Os mais jovens ouvem contar que um dia fecharam esse picadeiro, pouco a pouco vão entendendo que razões não devem ter faltado. 

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

RINDO DE ORELHA A ORELHA

Em reunião do Conselho Deliberativo, Petraglia anunciou que Sueliton está fora dos planos, a pedida do empresário foi muito alta. Ótimo. Então tem que contratar. Sueliton foi 4º colocado no Troféu Armando Nogueira, baseado em notas dos jornalistas do Sportv e Globo Esporte. O 3º foi Fabiano da Chapecoense. Uma boa pedida. Corre Furacão.
O principal objetivo dos clubes agora é o gerente executivo. O Palmeiras corre atrás dos donos do cargo no Cruzeiro e no Galo. A apresentação de Rodrigo Caetano no Flamengo teve ares de contratação milionária, com direito a capa de jornal. Falando a respeito, Cristóvão, treinador do Flu, ressaltou a importância do profissional com a seguinte frase: “Quem antecipa melhor, chega na frente”. A frase pode parecer mal construída, mas é algo que eu não canso de repetir.
A escalação de Lucas Silva e Souza como volantes da seleção do Brasileiro acaba com o marcador típico, dá um charme à posição, exige o desarme, a condução da bola, o passe preciso, a chegada ao ataque. Até que enfim. A melhoria do posicionamento tático das equipes, o retorno eficiente para a marcação seria uma das causas do fim do quebra bolas e canelas. Tratem de se aperfeiçoar cabeçudos.
O ranking do futebol nacional, estabelecido com base nos últimos cinco anos, coloca o Atlético em 10º lugar. O Furacão está à frente de Vasco, Botafogo, Palmeiras et caterva e muito próximo de São Paulo, Fluminense e Internacional. Considerando que passamos 2012 na segunda divisão, estamos muito bem. Trata-se agora de melhorar, galgar posições, ir passo a passo virando gigante, valorizando a marca.
Falando em valorização, é bom lembrar que o Atlético foi considerado em estudo da revista Forbes o 11º clube mais valioso das Américas. É mole? O atleticano termina o ano rindo de orelha a orelha.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

APLAUDIR O PINDUCA

O Atlético renovou o contrato do zagueiro Gustavo. A renovação assegura a continuidade do bom trabalho defensivo atleticano no início de 2015. Não exclui a necessidade de contratação de no mínimo mais um zagueiro de qualidade – Paulo André? – para brigar por posição. Um volante que saiba sair para o ataque e um “meialex” – Jadson? – entre outros, são imprescindíveis.
Pode ter passado despercebido, mas o sucesso obtido no ano muito se deveu ao elevado nível disciplinar demonstrado durante toda a competição por nossos jogadores. O Atlético acabou o Brasileiro como o time mais disciplinado, recebeu o Troféu Fair Play da CBF. Bom trabalho na formação, contratações bem conduzidas, chega de malucos, são origens do bom resultado e da premiação consagradora.
O oitavo lugar obtido neste 2014 foi a quinta melhor colocação obtida pelo Atlético na chamada Era dos Pontos Corridos (2003/2014). A melhor sequência aconteceu nos anos 2004/2005, respectivamente 2º e 6º lugares, a segunda agora, 2013/2014, 3º e 8º lugares. Em 2015 não podemos deixar a peteca cair, a manutenção do alto rendimento pelo terceiro ano consecutivo deve ser objetivo da administração rubro-negra, e da torcida. Se você ainda não é sócio, corra para associar-se.
A torcida coxa fez uma baita festa para o Alex. Alex nasceu no Coritiba e por ele ganhou apenas o campeonato Paranaense de 2013. Foi rei mesmo no Palmeiras, no Cruzeiro e no Fenerbahçe turco, onde mereceu até estátua. A festa vale pelo amor ao clube que o projetou, para onde voltou em fim de carreira. Por gostar do bom futebol, da inteligência, do toque refinado, vou entrar de penetra na festa coxa, aplaudir o Pinduca.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

O MEU APLAUSO

O Atlético entrou de calça curta na Allianz Arena, melhor, de bermuda e empatou. Qual a diferença entre a calça curta e a bermuda? Pequena modificação na zaga anunciada pelo globoesporte.com foi detalhe suficiente para descer a barra uns centímetros, criar esperança.
O que ajudou mesmo foi a precariedade técnica e tática do Verdão paulistano. A situação na tabela já anunciava time ruim de doer. A realidade assistida é de cair o queixo, este deve ser o pior Palmeiras de todos os tempos. Saudades do Ademir da Guia, do belo futebol verde. Com o time reserva, o Atlético não fez três no primeiro tempo graças às intervenções precisas de Fernando Prass. E o pênalti em Lúcio?
Quando o Furacão entrou em campo corria o risco de dar milho a cascavel peçonhenta em hibernação, quando podia alimentar cobras d’água muito menos perigosas no futuro. Risco inexistente. Bahia e Vitória perderam. Melhor para todo mundo, quedas sem mágoas, sem ressentimentos, provocadas por administrações equivocadas no mais alto grau, as torcidas enfurecidas nomeiam os culpados.
A oitava colocação no Brasileiro dá ao Furacão o status de clube equilibrado, há dois anos navegando entre os melhores, uma força nacional. A participação digna contra o Palmeiras confirma sua integridade, a dedicação dos jogadores exalta a honra rubro-negra. Foi um ato de coragem frente a duras consequências. Aos jogadores comprometidos, a todos eles, homens de brio, o meu aplauso.
PS: Finalmente vi quase noventa minutos de Nathan. Muito bom. 

sábado, 6 de dezembro de 2014

CALÇAS CURTAS

Estou olhando para uma escalação tão absurda que me recuso a acreditar ser possível que algum meio de comunicação a tenha veiculado como possível para o Atlético amanhã contra o Palmeiras. O time tem um viés defensivo tão amadorístico que simplesmente coloca de lado a possibilidade mínima do empate. O Atlético tem uma história, uma grandeza que não pode ser colocada de lado neste momento, nem tendo todo o direito de colocar em campo quem bem entender. Passamos a semana na mídia como os fiéis da balança neste fim de campeonato, corremos o risco de passar toda a seguinte por termos prevaricado nos últimos noventa minutos de tantos e tantos outros. Simplesmente não dá. Se é verdadeira a possibilidade, se não é só um despiste, alguém de bom senso tem que ir ao Claudinei e dizer que não dá. O Atlético ainda não é gigante, mas há muito tempo já largou as calças curtas. 

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

O SOFRIMENTO É DOBRADO

O goleiraço Marcos é curto e grosso: “Respeitem nosso adversário, jamais um clube da grandeza do Atlético Paranaense entregaria um jogo. Se quisermos nos livrar dessa situação temos que jogar muito e não esperar facilidades”. Marcos é assim, realista, profissional, palmeirense doente, sem papas na língua, quando ele estiver falando, escute. Ter o respeito de São Marcos é um orgulho.
Marcos era o goleiro do Verdão em 96, primeira vez que o Furacão venceu o Palestra no Nacional. Gols de Rink e Ozéias na Baixada velha, público de 22500 torcedores. Saí do campo pela Buenos Aires, peguei à direita na Brasílio, um palmeirense fardado em Parmalat passou por mim, eu lasquei um inocente “bela camisa Fernandinho” e a mulher do brócoli quase me bateu. Saudades do jogo e do público maravilhoso.
O Atlético entra em campo sem Hernani, Sueliton e Marcelo. Quem joga? Otávio substitui Hernani, seria justo ver a despedida de João Paulo, Mário Sérgio e certamente Marcos Guilherme. Fora a ausência de Marcelo, não vejo mudanças significativas. Os que entram estão jogados, acostumados ao esquema, já passaram por bons e maus bocados, sabem jogar fora de casa. Quando Marcos orienta os palmeirenses a esperar “um jogo com muita dificuldade” está cheio de razão.
O Palmeiras vai para o jogo com um treinador já despedido, contratações castelhanas milionárias no banco, Valdívia com fôlego para vinte minutos, o centenário em risco, a nova arena pesando uma tonelada, a torcida pronta a desandar a maionese. As noites são longas, a semana custa a passar para o alviverde. As dificuldades são muitas, técnicas, táticas e psicológicas. É assim mesmo, bobeou, deixou para a última rodada, o sofrimento é dobrado.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

FAZ BEM À SAÚDE

O Atlético abriu mão da sua cota de ingressos para o jogo contra o Palmeiras. Fez muito bem. Fizemos um jogo a leite de pato na última rodada do Brasileiro 2013 contra o Vasco, enfrentamos uma guerra, pegamos punição que nos afastou da Arena meio ano. Por que correr o risco novamente? Penso que o Furacão vai ganhar do Palmeiras, a possibilidade de conflito é imensa. Deixar o torcedor atleticano fora disso foi medida acertadíssima.
Rafael Stival, dono do Trieste e da metade dos direitos econômicos de Marcos Guilherme afirma: “Desde a ida dele ao Atlético [em 2009], tudo foi programado. O próximo passo é o Sul-Americano sub-20. Depois, a seleção olímpica e disputar os Jogos. Isso tudo, permanecendo no Atlético”. Ainda bem que ele não disse “sendo titular no Atlético”. Marquinhos é bom jogador, tem muito a melhorar. Vem melhorando.
Marcelo se despediu de 2014 e as redes sociais venderam o jogador. O doutor que dá ordem unida aos restos da minha coluna, paranista de quilômetros e quilômetros de furiosas Kombis, me confidenciou que a venda ocorreu por 30 milhões para um clube árabe. O empresário do papa-léguas desmentiu. Para quem quer ver Marcelo rumo ao merecido sucesso internacional, uma pena.
A última rodada do Brasileiro e seus jogos de vida e morte ressuscitaram o desejo dos clássicos em final campeonato. Nada a ver. Em 2011, o Cruzeiro, com o pé na cova, goleou o Galo e salvou-se do desastre. Outro dia vi o Mancini, técnico da Raposa naquele ano, justificando a goleada injustificável. Repito, futebol é maravilhoso, torça, acompanhe, não perca a fé, mas de vez em quando feche os olhos. Faz bem à saúde.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

O QUE SERÁ, SERÁ

Cato notícias e encontro vestígios do planejamento rubro-negro para 2015. O Atlético vai jogar o Paranaense com o sub-23, novidade zero, aperfeiçoamentos ao empreendimento que deu certo nem pensar. Leio que seu Claudinei “tentou criar algumas brechas, espécies de janelas para pôr o time principal em atividade” sem obter sucesso.
Se o Claudinei tentou mesmo impossível saber. Mais do que óbvio que a utilização de alguns jogos do estadual para colocar o time principal em atividade seria muito bem-vinda. O tal ritmo de jogo estaria encaminhado, a torcida teria oportunidade para ver os titulares em campo, os jogos valeriam três pontos, bem diferente de receber o Marcílio Dias no Caju, ou ir a São Paulo jogar contra time da terceira divisão do Paulista. Vantagens inúmeras, até econômicas. Está na cabeça de 95% dos atleticanos.
O mesmo texto abre aspas para o Claudinei: “Já definimos o que vamos precisar em termos de posições... vamos esperar o mercado se definir e esperar para contratar bem”. A meu ver, as frases significam chegar atrasado à feira, pegar a xepa. É minha opinião, o amigo tem a sua, eu respeito.
Tudo meio contraditório. Outro dia afirmava-se que o Atlético estava monitorando jogadores. Era de se admitir que sabidas as necessidades, monitorado o mercado, a contratação fosse rápida, econômica, certeira. Em janeiro, início da pré-temporada com o CT cheio. O início dos sonhos. Melhor esquecer o sonho, colocar os pés no chão, lembrar do verso amarelecido pelo tempo: O que será, será.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

A POLÍCIA QUE TOME CONTA

A mesa redonda da ESPN pega fogo. Os papas da bola discutem acidamente se o jogo do Palmeiras deve ser no Pacaembu ou no belíssimo Allianz Parque recém-inaugurado. O medo, a violência que pode irromper em arena moderna, sem os requisitos de segurança impeditivos da ira idiota de palmeirenses inconformados com a possível queda do Verdão para a segunda divisão.
Era só o que faltava, você construir um estádio e não poder utilizar por temer um bando de inconformados, não poder contar com a segurança devida pelo segmento policial, incompetente para garantir a ordem em espetáculo esportivo. Esse é só um aspecto, de ordem pública, nada a ver com a bola.
Quando se pensa no jogo da bola unicamente, e daí a segurança emocional do torcedor alviverde, é importante colocar as coisas nos seus devidos lugares. É muito provável que o Palmeiras perca para o Atlético. Não só por que o “Atlético é um time chato”, como diz um dos protagonistas da discussão, mas por que o Atlético é melhor e tem um esquema de jogo muito eficiente quando se trata de jogar contra adversários com necessidade da vitória.
O treinador rubro-negro já avisou que vai a São Paulo para ganhar. Nem podia ser diferente. Já ganhou fora do Criciúma, do Botafogo e do Bahia, todos times na bacia das almas, a mesma situação do Verdão. Seja no Pacaembu ou no Allianz Parque, é muito justa a preocupação com a segurança. No fim de tarde do domingo cruel para os verdes paulistas, se o Vitória fizer a sua parte, o Palmeiras tem tudo para cair. A polícia que tome conta.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

SONHANDO ACORDADO

Gostei muito. O Atlético ganhou de um time difícil, que joga os noventa minutos, não se entrega, tem boa organização tática em todos os setores do campo. Ganhou porque jogou sério, entrou com sua melhor escalação, deixou de lado a história de dar chance a jogadores pouco aproveitados durante o ano.
Brasileiro é campeonato de 38 jogos, todos devem ser enfrentados com igual vontade, determinação. Dar chance só lá pelo final da partida, com o resultado garantido. Por falar nisso, é pena que o pai do Nathan ponha empecilhos à sua permanência no Furacão, sua saída é perda irreparável. Justo o que precisamos. Quem sabe um pouco mais de dinheiro na mesa, só para não ter que contratar um pior a peso de ouro. Ops! Esqueçam.
O gol rubro-negro premiou dois jogadores importantes na campanha de 2014. Natanael, grata surpresa na lateral-esquerda, dono da posição, deixou o papa-léguas na frente de Renan. Uma pancada, o gol. Acho um erro a manutenção de Marcelo fixo pela direita, convite ao bloqueio. Livre para jogar, uma brecha sempre aparece. Foi o que aconteceu. Quem desejar o seu concurso tem que pensar nisso.
Weverton fez seu milagre – segurem o moicano –, Dellatorre mostrou técnica e criatividade – imagino esse time com Nathan e Dellatorre –, Bady correu uma barbaridade, Gustavo foi importante, Cleberson cada dia joga melhor, coletivamente o time foi muito bem na condução defensiva. No fim da festa entrou Douglas Coutinho para as despedidas, deixar saudades. Foi o melhor investimento dos últimos anos. Boa sorte.
O público foi abaixo da média, quando era para termos lotado o Caldeirão, celebrado o grande ano de realizações materiais. Em campo custamos a achar um time, achamos ainda em tempo, a comemorar só a permanência na primeira divisão que andou a perigo. Desde sempre esse foi o grande objetivo, se alguém pensava em algo melhor, andou sonhando acordado.

domingo, 30 de novembro de 2014

IR PARA O JOGO

Três horas para o jogo. Chego da praia e espio minhas anotações sobre o Goiás. Jogo duro.
O time do Nhô Drub aguentou o 1 a 1 com o Cruzeiro doido para ser campeão até os dezoito do segundo tempo. Depois de marcar o segundo e consagrador gol, o Cruzeiro ainda passou uns sustos, uma bola na trave, o Fábio ainda catou umas boas. Deu um trabalho danado para a Raposa, num campo molhado, exigiu um cansaço que facilitou a vida do Galo na última quarta-feira.
O Goiás que eu vi não tem nada de retranqueiro. Ataca e defende. Quando atrás, com nove, só fica Erik na frente. Quando no ataque, sobe o volante David, muito bom, usa Thiago Mendes aberto pela direita, Ramon chegando de trás, Erik centralizado e Samuel pela esquerda. Chuta muito de fora, produz um jogo intenso de noventa minutos.
Entrando com vontade na arena magnífica, o Goiás vai dar muito trabalho, é um time que não se omite. Se o Claudinei bobear, pode emplacar seu terceiro resultado negativo no Caldeirão. Só falta um mau resultado no último jogo em Curitiba, acabar o ano vaiado pela torcida. Vamos acreditar na seriedade, procurar o smart, colocar o Furacão acima de tudo e ir para o jogo.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

ARRIVEDERCI MARCELO

Leio a relação dos convocados para a seleção sub-20 e fico com a impressão que ela ainda se baseia no contato telefônico com os clubes.  Acreditei que o Gallo estivesse fazendo um trabalho cuidadoso, assistindo jogos, escolhendo a dedo a piazada. Tomara me engane redondamente, mas ainda percebo a influência dos donos dos meninos na convocação. Uma pena, o futebol 7 a 1 não quer nos largar.
Escuto a entrevista do Claudinei e descubro que o departamento de futebol vem monitorando atletas já há algum tempo. Que assim seja. Mais ainda, fico satisfeito com o pensamento do treinador de que o Atlético tem que contratar jogador com peso de titular, jogador para compor o elenco deve surgir da base. O dono da camisa imaginado pelo prof. custa caro, não faz muito o perfil do dono do cofre.
O Galo deu um salto com a contratação do Ronaldinho Gaúcho. Foi uma aposta que deu muito certo. Ganhou a Libertadores, despediu o dentuço, perdeu-se momentaneamente, contratou o Levir, aprumou o barco e levou a Copa do Brasil, está de novo na Libertadores. Repito, o dono da camisa custa caro, pode motivar o torcedor, trazer títulos. É sempre uma aposta. Vamos ver o peso do titular a aportar no Caju.
A possibilidade da saída de Marcelo depende muito do seu rendimento nestas últimas partidas. Dizem que os olheiros andam por aí, sentindo a pressão. Eu acho que o 7 rubro-negro perdeu o foco. Tem apresentado dificuldades no controle da bola, bloqueado com facilidade. Ninguém perde o futebol na esquina. Voltando o foco, com um pouco de ajuda dos companheiros, arrivederci Marcelo.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

MUITO CHATO

Abro o site e vejo a notícia sobre a abertura da venda dos ingressos. Espio e encontro lá os preços de sempre. Fiquei decepcionado. Sem qualquer motivo ou sinal, imaginei que poderíamos ter preços mais baixos para este último jogo, alentadores da presença maciça de rubro-negros, tornando partida sem qualquer atrativo celebração de ano de tantas conquistas.
Não gosto de criticar. Olho pela janela e vejo o teto retrátil em instalação, sei da trabalheira que deve dar, sei dos tantos problemas enfrentados pela diretoria neste ano. Volto aos meus tempos de menino, lembro o velho morador ao lado do meu campo de pelada pegando a bola que caía no seu quintal e, vencedor, dizendo: “Quem não trabalha não estrova”.
Íamos todos para casa, a bola só voltava no dia seguinte, pelas mãos da dona Mindoca, mulher de bom coração. Eu até que entendia o velho, ele estava lá sossegado ouvindo rádio e a bola estourava na sua parede. Entendia, mas o achava um chato de galocha.
Penso entender essa política de preços altos, tentativa até agora frustrada de aumentar o número de sócios. Confesso que com essas rendas milionárias acontecendo pelo país, tenho dúvida se um grande quadro associativo nos moldes configurados pelo Atlético é boa solução.
A final de ontem rendeu para o Cruzeiro 7,9 milhões para um público de 39800 pagantes. O ingresso mais barato para sócio – a Raposa cobra o ingresso do sócio – custou 140 reais. O time estrelado ainda conta com a arrecadação mensal dos seus 70 mil associados. Deve ser outra bolada. Imagino que com 40 mil sócios o Atlético venha a ter por mês uma renda de 10 milhões. Um caso para sentar e fazer contas. Com calma.
Pensativo, fazendo contas, comparando, especulando, vou remoendo a minha frustração. Sei que vou voltar da praia no domingo para encontrar o templo vazio. Eu até entendo, mas acho muito chato.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

SEMPRE PROBLEMÁTICA

O Grêmio já está atrás de atacante do Coritiba. Começou a caçada, os organizados enfraquecendo ainda mais os necessitados. Quem pode mais chora menos. Existe algum destaque no Criciúma, no Botafogo, no Bahia, no Vitória, candidatos maiúsculos à série B, então é hora de jogar um lero, tentar cativar a novidade para fortalecer o elenco.
É corrida curta, mais duas semanas e nas prateleiras não teremos mais o bom, barato e interessado em dar salto na carreira, evitar o turismo pelos rincões do Brasil varonil. Restarão os medalhões caríssimos, os problemáticos, o mercado sul-americano e seus craques sem aproveitamento garantido.
No início do ano, o Atlético lutou com o Flamengo por Lucas Mugni, jovem meia argentino. Perdeu e ganhou, o jogador morou no poleiro do Urubu por todo o ano. Para cada Conca, Guerrero, D’Alessandro existem dezenas de castelhanos comendo e dormindo em clubes brasileiros. As boas certezas vão para a Europa, as ótimas exceções perdidas no Brasil, só servem para confirmar a regra.
Historicamente, o Atlético é um time sem pressa. Via de regra acaba fechando o elenco após o Paulista, catando uma ou duas revelações de times do interior que deram certo. Branquinho e Bady são exemplos. Eu gostaria que em outubro passado já estivéssemos sondando jogadores, assinando pré-contratos, completando com certezas nacionais as lacunas do nosso elenco.
Espero que com a disponibilidade do Departamento de Inteligência, o Furacão esteja girando rápido na busca dos melhores produtos do mercado, a preços ainda razoáveis. Com essa nova estrutura, confio tenham ficado no passado os tempos de pegar a xepa de fim de feira, sempre problemática.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

O GRITO DO SEU CORAÇÃO

Vem aí o último jogo na Arena em 2014. Cerram-se as cortinas no ambiente magnífico que tanto trabalho deu, tantos sustos, finalmente ficou pronto e hoje é nossa casa definitiva, belíssima, ponto de partida para um futuro de títulos nacionais e internacionais. Quem viver verá.
Pode-se dizer que é só um jogo a leite de pato, um vale nada, até os coxas já salvamos, agora é só deixar o ano escoar frouxo, deixar o rio chegar manso ao mar de 2015. Pois eu estou feliz demais para ficar só num solteiros e casados. Feliz, quero gente ao meu lado.
Penso que Atlético e Goiás é jogo para celebrar, reunir sob a estrutura majestosa a maior quantidade de rubro-negros possível, cantar o “conhecemos teu valor” com entusiasmo, fechar o ano abraçando o desconhecido ao lado, o irmão rubro-negro de tantas marchas ombro a ombro, sempre cantando... o hino do Furacão.
O vento sopra forte na minha janela e parece dizer “escreva, escreva mesmo, convoque teus irmãos, vocês merecem celebrar, vocês foram ousados, arriscaram, tiveram fé, foram contra tudo e contra todos, arrostaram mil perigos e venceram. Nesta derradeira batalha, vocês têm que estar juntos”. Atendendo ao vento... escrevo.
Amigo, espero você lá, no entardecer vermelho e preto do final de domingo. Para ver o jogo, torcer, gritar gol? Também. Mas também para conversar, ver o gol do Dênis Marques no telão e contar histórias, ver o Ozéias matador subindo feito aranha no alambrado e sentir saudades, contar que estava lá, que viu, que saiu de campo de alma lavada.
Domingo não será só um jogo qualquer, será um momento de afirmação rubro-negra, uma celebração, um instante de amor ao Furacão. Apareça. Se você não quer ouvir o meu apelo, nem ao chamado do vento, ouça o grito do seu coração.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

PERGUNTAR À RAPOSA

Cruzeiro bicampeão. Mais do que merecidamente bicampeão. Ano que passou, achei que a Raposa fora beneficiada pela saída prematura da Copa do Brasil, jogou muito menos que seus perseguidores, Atlético e Grêmio, teve descanso maior, possibilidade de recuperar jogadores e treinar o coletivo nas semanas cheias.

Este ano calou minha boca. Está na final da Copa do Brasil quarta-feira, deve ter jogado mais que todos os times da competição, mostrou incrível competência na formação do elenco, se levar a tríplice coroa terá conseguido êxito para se escrever nas estrelas. Parabéns.

O Atlético vai fechando o ano como o melhor dos clubes de baixo investimento. Deve terminar assim. Ótimo resultado. Poderia ter sido melhor? Penso que não. Estamos no lugar que nos é devido. Infelizmente não tivemos equilíbrio durante a competição. Começamos surpreendentemente bem, nos perdemos no meio do caminho, periclitamos, nos reerguemos e acabamos o ano de sangue doce.

O desmonte do time de 2013, a saída de jogadores importantes, a troca de treinadores, são fatores a justificar o rendimento inferior ao do ano que passou, quando fomos terceiro no Nacional, chegamos à Libertadores e fomos vice na Copa do Brasil. A bem da verdade, na história do Furacão 2013 foi um ano atípico.

A missão agora é torná-lo típico. Dar um salto no futebol. Um salto medido, sem Adrianos, com pratas da casa e ótimas contratações pontuais. Dagoberto, Willian, Manoel, campeões pelo Cruzeiro, provam que dá para confiar nos meninos. O segredo está em não exagerar nos meninos e contratar muito bem. Tolo, penso saber o segredo. Melhor colocar os pés no chão, dar um pulo em BH e perguntar à raposa.

domingo, 23 de novembro de 2014

CELEBRAR CONQUISTAS

A madrugada vai chegando e as couves de Bruxelas, as alfaces lisas, as americanas, os brócolis, a horta toda canta pelas ruas de Curitiba “Eoooo... Eoooo... Atléticoeoo”. A torcida foi forte e deu resultado. O Furacão venceu na Bahia, os coxas respiram aliviados.  Telefono para o amigo alviverde e ele me responde aos soluços: “Sou Atlético desde criancinha”. Agora é fazer a sua parte, perdendo para o Palmeiras, já não garanto mais nada.
O Furacão venceu o Bahia no estilo que nos tirou da degola, defendendo, saindo com tranquilidade, aproveitando-se do desespero baiano. Claudinei posicionou Marcelo na esquerda, Marcos Guilherme na direita, Della no meio e foi atrás do contra-ataque. Guilherme perdeu um, Della chegou centímetros atrasado noutro, o primeiro tempo fechou em 0 a 0.
No segundo, os santos da Boa Terra foram fazer uma ceia e Fahel fez contra em escanteio. Logo depois, Bady passeou na frente da área e chutou colocado, um belo gol, dois a zero. Parecia que o caixão estava fechado. Assustados, os santos voltaram ao campo, Barbio cruzou e Henrique diminuiu. Toda vez que vejo esse Barbio jogar cria um salseiro, mas está sempre na reserva. Um caso a estudar.
Daí para frente foi pressão baiana, as câmeras passeando pelas lágrimas na arquibancada. A vitória pareceu tranquila, porém obrigatório lembrar uns três milagres de Weverton, um pênalti não marcado a favor do Baêa. Weverton foi a melhor contratação do Atlético nos últimos anos.
O jogo termina e a repórter de campo enaltece a torcida baiana que mesmo no sábado à noite foi à arena Fonte Nova. É bom explicar que sábado é dia de festa em Salvador, tirar 15 mil pessoas da zoeira para ir a campo torcer pela vida do seu time é um absurdo.
O atleticano tem que se preparar, domingo à noite, contra o Goiás, teremos o último jogo do ano na arena magnífica. Foi um ano difícil em todas as áreas, merece digna comemoração, casa cheia. Vamos fazer de domingo um dia especial, dia de celebrar conquistas.

sábado, 22 de novembro de 2014

FICA PARA OUTRA VEZ

Douglas Coutinho foi negociado, quatorze milhões de reais nos cofres do rubro-negro. O artilheiro tinha tudo para deixar o Furacão. Tudo significa vigor físico, boa técnica, objetividade, possibilidade de transformação, isto é, crescer técnica e taticamente. Lá se foi Coutinho quando se imaginava que Marcelo fosse a bola da vez.
Marcelo caiu muito depois de dar em nada negociação com o Corinthians. O papa-léguas já fazia juras de amor para os manos, o negócio não andou, Marcelo ficou e ficou. Cresceu em momento importante, ajudou na série de vitórias que nos tirou do buraco e de novo empalideceu.
Erro grave do empresário. Ao invés de olhar para fora do país, dar o grande salto, quis dar um pulinho ali em Itaquera. Nocauteou sua galinha dos ovos de ouro.  Marcelo tem as mesmas características de Coutinho, três grandes partidas e tira o passaporte.
Por falar em loja, o Furacão joga hoje com o Bahia. O amigo sabe o nome do prof. do Bahia? Não? Vou lhe dizer: Charles Fabian. Acho que já ouvi esse nome na novela Tititi de saudosa memória. Pois o costureiro tático quer de seus atletas o mesmo espírito vencedor de Criciúma, com uma ressalva, mais técnica. Imaginem o nível da pelada na terra do carvão.
Os jogadores no vestiário pediram em coro a Monsieur Charles que o preço dos ingressos fosse barateado. Querem casa cheia, milhares de cabras da gota serena a gritar “Baêa! Baêa!”. Até dava para ajudar os irmãos nordestinos, já nos acostumamos, mas a prioridade é ajudar o coirmão Coxa, precisando urgente de uma Bolsa Pontos. Agora não vai dar amigos da Boa Terra, fica para outra vez.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

AGRADECER AO PETRAGLIA

Falo com o vizinho Coxa e ele joga todas as fichas no Fluminense, conta com a vitória tricolor sobre o time de Chapecó. Concordo que seja uma barbada, homem de bom coração, digo que o alviverde não cai, vai sofrer, sofrer, mas fica na série A. Acaba o jornal, estou sapeando canais e me lembro do jogo no Rio. Teclo a centena fatal e quanto está?
Quase caio da cadeira, 4 a 1 para a Chapecoense. Os sinais estavam claros. Meu vizinho de cima, rubro-negro de carteirinha, já tinha gritado gol umas duas vezes. Vizinho feliz, prédio feliz. Penso, repenso e não tenho mais tanta certeza que o time das couves de Bruxelas permaneça na elite. Quanto a sofrer, sofrer, sofrer, não tenho dúvida.
Quando o Atlético lutava para fazer sua Arena por conta própria, ouvi que as arenas pelo Brasil afora estavam loteadas pelas grandes empreiteiras, a Baixada já estava na cota de uma delas. A resistência do Furacão estava atrapalhando o negócio. Homem de boa fé, fiquei reticente a respeito.
Hoje, com as empreiteiras faturando BILHÕES nas costas da Petrobrás, perdi as reticências. Entendo que a Copa do Mundo rendeu dinheiro de pinga para as donas do Brasil varonil e, possivelmente, para alguém que agora deve estar com as orelhas em chamas. Mesmo assim, penso que vale a pena a PF abrir uma Operação 7 a 1, para dar um susto, salvar a Olimpíada.  
Para quem reclama que a Arena magnífica foi feita com dinheiro público, deve ser um consolo saber que os recursos estão na obra, não em gordas contas bancárias na Suíça. O tempo passa, o mundo dá voltas e vira e mexe a gente tem que agradecer ao Petraglia.


quinta-feira, 20 de novembro de 2014

JOGANDO POR MEIA BOLA

Dois jogos em casa e um ponto ganho. Para quem gosta de ganhar todos os dias, como eu, desestimulante. Vou esquecer minhas vontades e avaliar a partida como um teste de final de ano, o cumprimento daquela promessa do Prof. Claudinei de dar chances aos pouco aproveitados.
Quem teve direito às chances? Em início de partida, Lucas Olaza e Dellatorre. O Della todos conhecemos, sabemos da sua rapidez, da sua chegada forte na área para marcar. Escalado pela esquerda, pouco rendeu. A bola chegou pouco, foi sempre direcionada para Marcelo, outro com baixo rendimento, poucas vezes ultrapassou seu marcador, uma dificuldade tremenda para matar a bola, o papa-léguas precisa de umas boas férias urgente.
Olaza fez o feijão com arroz, marcou bem, pouco foi à frente, nada do lateral artilheiro que se falou quando da sua chegada. Precisa de uma boa sequencia de jogos para mostrar serviço.
No segundo tempo entraram Hernani e Coutinho. Hernani foi o que de melhor se viu na minha opinião. Sabe matar a bola sem jogá-la a dois metros de distância, sabe passar, tem boa visão do jogo, pode enfiar companheiro no ataque se preciso. É candidato à camisa. Coutinho é o dono da camisa, mas esse vai embora, joga só para deixar saudades.  Faltou Nathan, outro que vai embora, vai sem deixar saudades.
O coletivo mostrou falha absurda da defesa no gol de Robinho, bons momentos ofensivos, uns brilharecos de Furacão, o gol de Cléberson premiando sua boa condição na bola aérea ofensiva. O individual mostrou dificuldades com os fundamentos básicos, matada, passe, condução de bola, que só ficam evidentes quando se tenta jogar no ataque.
Fica a certeza de que saímos do buraco pelo entendimento de que jogar por uma bola era a saída para o elenco disponível, mérito do seu Claudinei. O ano acabou. Fica a certeza de que se o Atlético 2015 pensa em jogar no ataque tem que contratar. Com o que restará desse time, só jogando por meia bola.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

CORAGEM CLAUDINEI

Com o pé no estribo para pular fora do Santos, o professor Enderson Moreira resolveu mudar o esquema, colocou no banco o Gabigol e vem para Curitiba montado num 4-4-2 com Robinho e Damião no ataque.
Qual a intenção do treinador? Primeiro, fortalecer a defesa. Vem com o zagueiro Neto no lugar do trapalhão Bruno Uvini, Souza, um meia-volante – seria um meiolante ou um voleia? – no lugar de Rildo, fica com Alisson, Arouca e Souza na proteção da zaga, Lucas Lima para armar as jogadas, Robinho para flutuar no ataque, Damião para finalizar.
Ganha defensivamente e não perde força ofensiva. Como? Prende Alisson na frente da zaga e solta Arouca, Souza e Lucas Lima para atacar, criar as jogadas para o Peixe. Sem contar que os laterais Cicinho e Mena moram no ataque, esse Mena nasceu para a ponta esquerda.
Quais os jogadores para apreciar no Santos? Arouca, um volante com ótima chegada ao ataque, futebol simples e eficiente, e Lucas Lima, um meia que gosta da bola, quer ela sempre em seus pés, joga vertical, dribla, bate escanteios, faltas, um fominha de qualidade. Robinho é sempre atração e Damião é o homem de 42 milhões que mora no banco.
Se não der certo, Prof Enderson pode voltar aos três atacantes, Gabriel na direita, Robinho centralizado, Rildo na esquerda. Opção é o que não falta. O nosso Prof deve ter estudado o Peixe e encontrado a melhor forma de descamá-lo e fazer a moqueca. Se entrar com o mesmo time que jogou contra o Sport corre o risco de terminar a noite sem finalizar a iguaria. De frente para o caldeirão, só posso recomendar uma coisa: Coragem Claudinei. 

terça-feira, 18 de novembro de 2014

FÉRIAS SUSPENSAS PARA A INTELIGÊNCIA

Leio que o seu Claudinei Oliveira admitiu aproveitar as quatro últimas partidas para dar chances a atletas que foram pouco utilizados durante a competição. Eu fico louco de feliz, quem sabe por um momento consiga ver em campo o time que penso seja o melhor com o elenco disponível no Furacão. Nem que seja por quinze minutos. 
No meio de novembro, começamos a jogar 2015. Bom sinal.
O bom planejamento induz que o Departamento de Inteligência já saiba se o treinador vai permanecer, que jogadores estão para ganhar novos ares, quais as reposições disponíveis no elenco para essas saídas, quais os jogadores a contratar caso os hospedados no Caju não tenham nível adequado. É o mínimo que se pode desejar. Ah... é claro, alguém tem que informar as disponibilidades em recursos para novidades.
Um lateral-direito, dois zagueiros, um volante que saiba chegar ao ataque, dois armadores que consigam ter o corpo voltado na direção do gol no momento de receber a bola, atacantes dependendo das negociações que possam envolver Coutinho e Marcelo. As revelações da segunda divisão, os melhorzinhos dos caídos, dos endividados, são os observáveis. 
Com a base disponível, juntem-se duas ou três ótimas aquisições e o Atlético monta um time de qualidade. Faltará ainda montar o elenco para enfrentar 2015 sem sustos. Espero que o DI esteja avançado nos seus trabalhos. Se não estiver, férias suspensas para a inteligência.

Em tempo: Eu gostaria de ver Nathan jogar os noventa minutos de umas duas partidas. Vejo no jogador muitas qualidades. Para mim é titular desse time com um pé nas costas, mas o teste dos noventa ainda falta.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

PEQUENO DA CABEÇA AOS PÉS

De novo mal escalado, jogando com dez desde o início, lento na saída de bola, sem transição, laterais bloqueados, as individualidades em férias, o Atlético perdeu merecidamente. Foi um jogo ruim, até pênalti perdido aconteceu. Quem foi à Arena jogou a tarde fora, se aborreceu, boa oportunidade para explicar ao filho pequeno que futebol é assim mesmo, às vezes a tal semana inteira de trabalho de nada adianta.
Esta é oportunidade ótima para prorrogar o contrato do seu Claudinei. O treinador foi triste. Escalou mal, já conhece bem demais seus atletas para repetir erros, demorou para mudar, levou o time para o buraco com sua relutância em escalar o melhor onze atleticano. Um bom puxão de orelhas, mantido o salário, bota a assinatura no papel.
Foram sessenta minutos de futebol de salão chatíssimo, uma troca de passes improdutiva à retaguarda sem ninguém à frente com genialidade para resolver o problema. Trinta de tardio e infeliz esforço coletivo. Individualmente ninguém se salvou. Uma nota mais ou menos para Natanael, uma menção honrosa para Nathan pela tentativa de organizar o desastre, pelos poucos minutos de futebol limpo e objetivo.
O Atlético foi de uma falta de criatividade assustadora. Paulinho Dias e Deivid, Cleberson e Gustavo trocaram dezenas de passes laterais, podiam ter dado as mãos ao final de jogo e cantado alegremente atirei um pau no gato. O gato se esquivou bem, deu uma patada e levou os três pontos.
Terminada a arena chegou a hora do Atlético decidir se quer ser mesmo o tal gigante. Ontem foi pequeno da cabeça aos pés.